domingo, 2 de dezembro de 2012

SE FAZ? CONTA? OU FAZ DE CONTA?



O ano acabando, e estive fazendo um balanço geral sobre os acontecimentos de 2012. Nessa ocasião, meu epílogo vai tecer alguns comentários acerca de tal “FAZ DE CONTA”, que me comprime o diafragma, e por vezes deixa-me sem palavras.

Segundo dia de dezembro, e 90% do meu círculo de convivência está contando os dias para o Natal: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO ESTOU.

Digo que perdôo, ofereço cafezinho, lembro-me dos bons momentos, digo que os ruins ficaram no passado, que já não lembro de nada, pessoas maduras sabem que toda mágoa é peso morto: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO SOFRO.

Cito Benjamin Franklin, aplaudo a invenção da eletricidade, leio poesia, compro quadros abstratos, fico fascinada com um arranjo techno para uma música clássica e assisto sem legenda o mais recente filme de ação: FAZ DE CONTA QUE EU ENTENDO.

Tenho todos os ingredientes para um sanduíche saudável, tenho peixes no freezer para momentos descontraídos, também tenho imãs na geladeira de tele-entrega, mantenho um bar razoavelmente abastecido, um pouco de sal, farinha e orégano na despensa e o fogão tem oito anos, mas parece zerinho: FAZ DE CONTA QUE EU COZINHO.

Choro ao assistir um filme romântico, lamento a dor dos outros e passo noites em claro tentando entender corrupções, descasos, tudo o que demonstra o quanto foi desperdiçado meu voto: FAZ DE CONTA QUE EU ME IMPORTO.

Esse FAZ DE CONTA, por muitas vezes eu FAÇO DE CONTA, mas eu nunca ESTOU, eu SOU eu mesma SEMPRE! 

Mas muitas pessoas FAZEM DE CONTA e são assim mesmo! Censurável, pois, em nossa vida sempre nos deparamos com um “FAZ DE CONTA” escondidinho, ou até mesmo escrachado... Mas não usemos o FAZ DE CONTA como desculpas por favor!!

Bem-vindo ao mundo!! Ou a um Parque de Diversões??? O mundo da fantasia, qual é o seu papel??  Você pode ser um fantasma que atravessa paredes, ser anão ou ser gigante, um menino prodígio que decorou bem o texto, a criança ingênua que confiou na bruxa, uma mulher a espera do seu príncipe: ou, um FAZ DE CONTA QUE NÃO EXISTE.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

É tão mais bonito ser quem você realmente é!!!


"Faço tudo do jeito melhor, meio torto, talvez, mas tenho tentado da maneira mais bonita que sei..."
Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos, um livro mais ou menos.
Tudo perda de tempo.
Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoraçao ou seu desprezo.
O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia.
(trecho de O Divã)

terça-feira, 13 de novembro de 2012

"Na Minha Época de Jovem!"




Estou ficando velha! ;)

Não, mas fazer o que, nasci em uma época diferente de hoje.  Quero dizer que, minha época de jovem foi a última realmente boa. Explico!

Hoje em dia, vou para a “balada”, o que é completamente diferente de tempos atrás. Hoje começa às 2 horas da manhã. Na minha época de jovem, chegávamos bem antes, e nos divertíamos muito mais.

Música de verdade? Escolha certo o lugar que você quer ir, porque senão será difícil encontrar aquela música, que embala grandes grupos à parar para ouvir, interpretar. Óculos de sol? Usava-se na praia, ou quando tem sol! Não em balada.

Outra, se esqueceram da escrita. Não há necessidade de saber escrever corretamente o português, com seus verbos, advérbios, conjunções, etc, mas o mínimo essencial sim. Hoje também abrevio palavras, mas há uma enorme diferença entre “vc” saber abreviar, mas quando precisar escrever, que você saiba.

Não quero ser hipócrita, mas os jovens de hoje não sabem mandar cartas, não sabem qual é o lado do ‘De:’ e do ‘Para:’. Não sabem o que é um mimeógrafo, retroprojetor, ou também nunca usaram papel carbono... Enfim, procure na Internet, que deve haver algum site sobre mimeógrafo, papel carbono, essas coisas... Se eu ficar explicando cada vocábulo descontinuado, não vou conseguir acompanhar meu próprio raciocínio.

Voltando aos jovens, as frutas que eu comia eu tirava-as diretamente dos pés (tangerinas, goiabas, ameixas, jabuticaba, e por aí vai), geralmente, no meio da tarde, “fugindo” da mãe e do pai.

E tem mais, os carrinhos de rolimã, nos quais passávamos tardes descendo os morros, desafiando uns aos outros numa interminável disputa por, vejamos, “quilicas”.  Os jogos de TACO na rua.

Ah, ainda temos os dias das bolinhas de sabão, as tardes pulando elástico, as enormes “estradas” que fazíamos para brincar de carrinho, as casinhas de Barbie, as guerras com “arminhas”, as cabanas nos arrozais próximos de casa. Nossa poderia aqui mensurar uma infância VIVIDA, feliz e inocente. A educação dada tinha que ser cumprida, senão, havia consequências que me valeram essa educação. “Bullying”, haha, todos dessa época cresceram “bulyinados”. Gente, não havia nada disso, e éramos felizes ao extremo.

Eu sou da época da miscelânea, onde comecei usando MIRC, ICQ, como meio de comunicação. Mas as pessoas se conheciam de verdade, não pela internet. Após, MSN veio inovando, como artigo de luxo. Contudo, Internet era só no fim de semana depois das 14h ou de madrugada e o Modem era de 56 kbs!  Aaahh, a Punk era levada da breca, e a Sandy era virgem.

Hoje, as crianças já são estressadas, os pais estressados, crianças mal educadas. Jovens que não sabem somar, diminuir, subtrair, multiplicar, hã?? Fato! Relevante.

Problema: de quem é a culpa de toda essa mudança? Na maioria dos casos há culpados diretos e em muitos outros culpados indiretos. Não sou de discutir a culpa, pois, não sou ninguém pra julgar outra pessoa. Mas, o que preciso ressaltar, é que a minha época de jovem não voltará mais. E assim, sei que meus amigos da década de 80, e outros, poderão concordar comigo!

As mudanças foram boas? Sim, contudo, sinto muito que a maioria das crianças e jovens jamais irão viver tudo isso. Além do mais, hoje as frutas são compradas em supermercados e a Sandy é Devassa. Haha...

Não é o mundo que está perdido, as pessoas que estão perdendo o controle de si mesmas e de seus filhos. Nem todo mundo adere a modinhas.  O mundo só está "bagunçado", não se deteriorando, como querem alguns, mas sendo reformado, em busca de novos modelos de vida e convivência entre as pessoas. Quem viver, verá.

Eu teria muito mais a acrescentar, todavia, hoje fico por aqui. E finalizo com: Paciência! Só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde cair. Paciência para tomar um cálice de vinho. Paciência para a música e para os livros. Paciência para escutar um amigo. Paciência para aquilo que vale nossa dedicação. Pra enrolação, atalho. O menor possível.

Destaco uma música para o momento:
"Minha dor é perceber, que apesar de termos feito tudo o que fizemos! Ainda somos os mesmos, e vivemos! Ainda somos os mesmos, e vivemos.... Como os nossos pais...." (Elis Regina)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

#Fatos



"Não há vergonha em ser simplesmente humano. E pode ser um alívio parar de se esconder. Aceitar quem você realmente é e deixar o mundo ver você desse jeito também. Um pouco de autoconhecimento nunca matou ninguém. Porque quando se sabe quem você é, é mais fácil saber como você é. E, no final das contas, do que você precisa é da verdade."


"Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo."

"Não importa o que você faça, deseje, esperneie, grite, impunha. A única coisa que, realmente pode te mudar, nos mudar, é o amor, quando o amor verdadeiro lhe tocar, até o gelo mais profundo não passará de uma doce gota d’água."

  


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Em frente? Ou enfrente?





"Às vezes, fazemos coisas e tomamos atitudes, na ânsia de acertar, e na verdade, o resultado não é o esperado...

E daí vem "esse cara" (♥), por quem vivemos em função e diz: estou doendo, desacreditado, endurecido, e não é assim que devo pulsar.

É como se mil pessoas se importassem com você, menos uma. E de alguma forma, era a única que você necessitava que se importasse.

Ando angustiada demais, palavrinha antiga essa, angústia, duas décadas e meia de convívio cotidiano, mas ando. Ando, tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essa história de que atraiçoamos todos os nossos ideais, e veja só que coisa mais individualista, elitista, capitalista, eu só quero ser Feliz!!!

Destarte, aprendi que se a gente não levar a vida, ela nos leva de qualquer jeito.

Em frente ou enfrente. Você me entende?



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Copo meio cheio, ou copo meio vazio?

"Há tempos atrás, eu tinha uma tia que quando ia me servir ela dizia: prefere o copo meio cheio, ou meio vazio? E eu respondia: isso não importa!!! E ela me olhava e insistia: fala quando parar. E claro, eu nunca dizia. É difícil!
Digo sim, uma coisa a favor do copo: depende da sua visão. 
Para os otimistas, agradecerão o fato de o copo já estar meio cheio, e os pessimistas, chorarão o fato de o copo estar meio vazio.
Entretanto, todo mundo na verdade, quer dar uma "provadinha", e é difícil falar quando está bom. É um caminho mutável, é uma inconstante entre necessidade e desejo. 
É uma coisa totalmente particular, e depende do que está sendo servido. 
Algumas vezes o copo é "raso", outras, o copo é fundo. 
E tudo que queremos é mais: Mais amor, mais atenção, mais cerveja, mais é melhor!!!"