Estou
ficando velha! ;)
Não,
mas fazer o que, nasci em uma época diferente de hoje. Quero dizer que, minha época de jovem foi a
última realmente boa. Explico!
Hoje
em dia, vou para a “balada”, o que é completamente diferente de tempos atrás.
Hoje começa às 2 horas da manhã. Na minha época de jovem, chegávamos bem antes, e nos
divertíamos muito mais.
Música
de verdade? Escolha certo o lugar que você quer ir, porque senão será difícil
encontrar aquela música, que embala grandes grupos à parar para ouvir,
interpretar. Óculos de sol? Usava-se na praia, ou quando tem sol! Não em
balada.
Outra,
se esqueceram da escrita. Não há necessidade de saber escrever corretamente o
português, com seus verbos, advérbios, conjunções, etc, mas o mínimo essencial
sim. Hoje também abrevio palavras, mas há uma enorme diferença entre “vc” saber
abreviar, mas quando precisar escrever, que você saiba.
Não
quero ser hipócrita, mas os jovens de hoje não sabem mandar cartas, não sabem
qual é o lado do ‘De:’ e do ‘Para:’. Não sabem o que é um mimeógrafo,
retroprojetor, ou também nunca usaram papel carbono... Enfim, procure na
Internet, que deve haver algum site sobre mimeógrafo, papel carbono, essas
coisas... Se eu ficar explicando cada vocábulo descontinuado, não vou conseguir
acompanhar meu próprio raciocínio.
Voltando
aos jovens, as frutas que eu comia eu tirava-as diretamente dos pés
(tangerinas, goiabas, ameixas, jabuticaba, e por aí vai), geralmente, no meio
da tarde, “fugindo” da mãe e do pai.
E tem mais,
os carrinhos de rolimã, nos quais passávamos tardes descendo os morros,
desafiando uns aos outros numa interminável disputa por, vejamos, “quilicas”. Os jogos de TACO na rua.
Ah,
ainda temos os dias das bolinhas de sabão, as tardes pulando elástico, as
enormes “estradas” que fazíamos para brincar de carrinho, as casinhas de Barbie,
as guerras com “arminhas”, as cabanas nos arrozais próximos de casa. Nossa
poderia aqui mensurar uma infância VIVIDA, feliz e inocente. A educação dada
tinha que ser cumprida, senão, havia consequências que me valeram essa educação.
“Bullying”, haha, todos dessa época cresceram “bulyinados”. Gente, não havia nada
disso, e éramos felizes ao extremo.
Eu
sou da época da miscelânea, onde comecei usando MIRC, ICQ, como meio de
comunicação. Mas as pessoas se conheciam de verdade, não pela internet. Após, MSN
veio inovando, como artigo de luxo. Contudo, Internet era só
no fim de semana depois das 14h ou de madrugada e o Modem era de 56 kbs!
Aaahh, a Punk era levada da breca, e a
Sandy era virgem.
Hoje,
as crianças já são estressadas, os pais estressados, crianças mal educadas. Jovens
que não sabem somar, diminuir, subtrair, multiplicar, hã?? Fato! Relevante.
Problema:
de quem é a culpa de toda essa mudança? Na maioria dos casos há culpados
diretos e em muitos outros culpados indiretos. Não sou de discutir a culpa,
pois, não sou ninguém pra julgar outra pessoa. Mas, o que preciso ressaltar, é
que a minha época de jovem não voltará mais. E assim, sei que meus amigos da
década de 80, e outros, poderão concordar comigo!
As
mudanças foram boas? Sim, contudo, sinto muito que a maioria das crianças e
jovens jamais irão viver tudo isso. Além do mais, hoje as frutas são compradas
em supermercados e a Sandy é Devassa. Haha...
Não
é o mundo que está perdido, as pessoas que estão perdendo o controle de si
mesmas e de seus filhos. Nem todo mundo adere a modinhas. O mundo só está "bagunçado", não se
deteriorando, como querem alguns, mas sendo reformado, em busca de novos
modelos de vida e convivência entre as pessoas. Quem viver, verá.
Eu
teria muito mais a acrescentar, todavia, hoje fico por aqui. E finalizo com: Paciência!
Só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde cair. Paciência
para tomar um cálice de vinho. Paciência para a música e para os livros. Paciência
para escutar um amigo. Paciência para aquilo que vale nossa dedicação. Pra
enrolação, atalho. O menor possível.
Destaco
uma música para o momento:
"Minha
dor é perceber, que apesar de termos feito tudo o que fizemos! Ainda somos os
mesmos, e vivemos! Ainda somos os mesmos, e vivemos.... Como os nossos pais...." (Elis Regina)
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