terça-feira, 13 de novembro de 2012

"Na Minha Época de Jovem!"




Estou ficando velha! ;)

Não, mas fazer o que, nasci em uma época diferente de hoje.  Quero dizer que, minha época de jovem foi a última realmente boa. Explico!

Hoje em dia, vou para a “balada”, o que é completamente diferente de tempos atrás. Hoje começa às 2 horas da manhã. Na minha época de jovem, chegávamos bem antes, e nos divertíamos muito mais.

Música de verdade? Escolha certo o lugar que você quer ir, porque senão será difícil encontrar aquela música, que embala grandes grupos à parar para ouvir, interpretar. Óculos de sol? Usava-se na praia, ou quando tem sol! Não em balada.

Outra, se esqueceram da escrita. Não há necessidade de saber escrever corretamente o português, com seus verbos, advérbios, conjunções, etc, mas o mínimo essencial sim. Hoje também abrevio palavras, mas há uma enorme diferença entre “vc” saber abreviar, mas quando precisar escrever, que você saiba.

Não quero ser hipócrita, mas os jovens de hoje não sabem mandar cartas, não sabem qual é o lado do ‘De:’ e do ‘Para:’. Não sabem o que é um mimeógrafo, retroprojetor, ou também nunca usaram papel carbono... Enfim, procure na Internet, que deve haver algum site sobre mimeógrafo, papel carbono, essas coisas... Se eu ficar explicando cada vocábulo descontinuado, não vou conseguir acompanhar meu próprio raciocínio.

Voltando aos jovens, as frutas que eu comia eu tirava-as diretamente dos pés (tangerinas, goiabas, ameixas, jabuticaba, e por aí vai), geralmente, no meio da tarde, “fugindo” da mãe e do pai.

E tem mais, os carrinhos de rolimã, nos quais passávamos tardes descendo os morros, desafiando uns aos outros numa interminável disputa por, vejamos, “quilicas”.  Os jogos de TACO na rua.

Ah, ainda temos os dias das bolinhas de sabão, as tardes pulando elástico, as enormes “estradas” que fazíamos para brincar de carrinho, as casinhas de Barbie, as guerras com “arminhas”, as cabanas nos arrozais próximos de casa. Nossa poderia aqui mensurar uma infância VIVIDA, feliz e inocente. A educação dada tinha que ser cumprida, senão, havia consequências que me valeram essa educação. “Bullying”, haha, todos dessa época cresceram “bulyinados”. Gente, não havia nada disso, e éramos felizes ao extremo.

Eu sou da época da miscelânea, onde comecei usando MIRC, ICQ, como meio de comunicação. Mas as pessoas se conheciam de verdade, não pela internet. Após, MSN veio inovando, como artigo de luxo. Contudo, Internet era só no fim de semana depois das 14h ou de madrugada e o Modem era de 56 kbs!  Aaahh, a Punk era levada da breca, e a Sandy era virgem.

Hoje, as crianças já são estressadas, os pais estressados, crianças mal educadas. Jovens que não sabem somar, diminuir, subtrair, multiplicar, hã?? Fato! Relevante.

Problema: de quem é a culpa de toda essa mudança? Na maioria dos casos há culpados diretos e em muitos outros culpados indiretos. Não sou de discutir a culpa, pois, não sou ninguém pra julgar outra pessoa. Mas, o que preciso ressaltar, é que a minha época de jovem não voltará mais. E assim, sei que meus amigos da década de 80, e outros, poderão concordar comigo!

As mudanças foram boas? Sim, contudo, sinto muito que a maioria das crianças e jovens jamais irão viver tudo isso. Além do mais, hoje as frutas são compradas em supermercados e a Sandy é Devassa. Haha...

Não é o mundo que está perdido, as pessoas que estão perdendo o controle de si mesmas e de seus filhos. Nem todo mundo adere a modinhas.  O mundo só está "bagunçado", não se deteriorando, como querem alguns, mas sendo reformado, em busca de novos modelos de vida e convivência entre as pessoas. Quem viver, verá.

Eu teria muito mais a acrescentar, todavia, hoje fico por aqui. E finalizo com: Paciência! Só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde cair. Paciência para tomar um cálice de vinho. Paciência para a música e para os livros. Paciência para escutar um amigo. Paciência para aquilo que vale nossa dedicação. Pra enrolação, atalho. O menor possível.

Destaco uma música para o momento:
"Minha dor é perceber, que apesar de termos feito tudo o que fizemos! Ainda somos os mesmos, e vivemos! Ainda somos os mesmos, e vivemos.... Como os nossos pais...." (Elis Regina)

Nenhum comentário:

Postar um comentário